sábado, 2 de maio de 2009

Bilhete


“ Nada faz sentido nesta vida,
Nada é como parece,
Jamais quero amar de novo,
O amor me trouxe ódio,
Do qual eu não me livrei mais.
Os meus amigos me abandonaram,
Mas eu sabia que isso ia acontecer,
A amizade sincera sempre esteve em extinção.
Hoje não sou ninguém,
Amanhã muito menos,
Ontem perdi de ser.

Eu experimentei todos os sabores da vida:
Já chorei por quem não merecia,
Já sorri pra quem não merecia,
Já amei quem não merecia,
Já odiei quem não merecia,
E agora quem não merece sou eu.
Antes de amar de novo prefiro morrer,
Quero sumir do mapa,
Sem que nada me perturbe,
Vou esquecer de você e de mim para sempre...”

Assim dizia o bilhete que encontrei na minha cabeceira.
“Quanto desgosto da vida pra uma pessoa só.
A vida é tão linda e completa.
O amor e a amizade a tornam ainda mais deliciosa.
Que pena que essa pobre alma e mais pobre ainda, espírito,
Ache isso das coisas impagáveis da vida.
Devemos vivê-la como uma eterna canção.” Pensei.

O rasguei e joguei no lixo com a maior naturalidade,
Tentando entender por que alguém em sã consciência,
Escreveria tantas loucuras. Esse alguém precisava de ajuda,
E eu nem sabia quem ele era, então só restava lamentar por ele.
Nem parecia que eu o escrevi na noite passada,
Esse é o verdadeiro sentido de repensar, refazer e renascer...

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