sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Ponte


Sozinha e vaga,
Triste e apagada,
Morta sem vida,
Com face deprimida,
Sem vestes: despida
No inverno,
Cenário vago.
No verão,
Cenário de namorados.
No outono,
Lagoa de patos.
Na primavera,
Um mapa ilustrado.
Os pássaros se encontram,
As árvores se torcem,
Com o forte vento,
As feias corujas sofrem.
Parte inerte da paisagem,
Completa a doçura da bela imagem,
Desenhada pelo artista,
Como arco-íris, uma miragem.
Tudo passa,
O pôr-do-sol e o luar,
O sabiá a cantar,
O coração a amar,
A vida por viver
E os sonhos a realizar.
De onde se vê o mar e a fonte
De onde se vê o horizonte,
De onde se vê a imagem refletida,
De cima da pequena e humilde ponte.

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